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Representantes dos órgãos participantes da Operação Melaço em coletiva de imprensa em Jequié (Foto:Jequié Repórter) |
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Operação foi desencadeada na manhã dessa quarta-feira (Foto:Giro Ipiaú) |
Só em Ipiaú, uma pessoa foi presa com 1.500 requerimentos fraudulentos de seguro desemprego. Os escritórios do Sistema Nacional de Emprego – Sine – foram alvo das investigações, com mandados de busca e apreensão nas cidades de Valença, Ipiaú, Prado, Itamaraju, Santa Cruz Cabrália e Porto Seguro. O chefe da organização criminosa é um técnico em contabilidade, também da cidade de Ipiaú, já indiciado desde 2007, por fraude contra a Previdência Social. As investigações prosseguem e os investigadores dizem que foi preciso fazer a ação agora, devido ao elevado número de fraudes registradas. De acordo com essas investigações, os fraudadores eram muito ágeis na constituição de novas empresas e os que foram presos nesta quarta-feira, devem auxiliar na indicação de outros fraudadores.
Os principais envolvidos, de acordo com as revelações feitas na coletiva desta manhã, são técnicos em contabilidade e dois agentes públicos credenciados. O prejuízo já identificado passa dos R$17 milhões, segundo as investigações preliminares. O dano à previdência social, está estimado em R$5 milhões. Cerca de 200 empresas estão envolvidas, segundo o levantamento. Ainda de acordo com representantes do Ministério Público Federal, a investigação durou cerca de um ano e, durante esse período, empresários chegaram a procurar o MPF para denunciar que as suas empresas estavam sendo usadas de forma fraudulenta, na aplicação dos golpes. Isso permitiu à PF chegar aos autores de alguns dos crimes. O golpe aplicado atingiu a muitas pessoas humildes da zona rural de cidades do sudoeste da Bahia. Algumas dessas pessoas tiveram nomes utilizados indevidamente na fraude, enquanto outras recebiam quantias entre cem e duzentos reais para ir aos bancos receber o dinheiro, repassando o valor maior para a quadrilha. *Nota do Agora na Bahia